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A vexatória situação da Seleção Brasileira


Não temos técnico. Nem time. E o elenco é fraco, incluo na análise todos os jogadores que não participaram da derrota para o Marrocos, por 2 a 1.

Também Neymar.

Que não é já há algum tempo destaque no futebol europeu. Não pelo que mostra em campo. Talvez, sim, pelo que faz fora dele.

Neymar, há algum tempo, só consegue destaque na mídia, tradicional ou não, por discutir com os adversários e a arbitragem.

E, infelizmente, e o infelizmente aí é porque não estou aqui para desejar o mal para ninguém, por não passar um semestre sem se lesionar.

Mas o fato é que quando está em campo Neymar não consegue mais fazer a diferença.

A diferença que fazia quando atuava no Santos e, um pouco, quando atuou ao lado de Messi e cia no Barcelona.

Na Seleção Brasileira viveu de brilhos eventuais aqui e acolá.

Ramon Meneses aproveitou muito mal a chance que teve.

O Brasil de Ramon só jogou um pouco de futebol até sofrer o primeiro gol, isso logo aos 29 minutos do primeiro tempo.

Depois se desarticulou.

E não era para menos, pois entrou em campo com um monte de jogadores desconhecidos e os únicos destaques eram Vinicius Jr, Rodrygo e Casemiro, que por sinal marcou, graças a um frango do goleiro marroquino, o único gol do Brasil.

Vinícius Jr não assumiu a condição de estrela da equipe. Ficou fazendo firulas pelo lado esquerdo. Conseguiu ser mais inútil do que Neymar.

O que, sinceramente, é uma má notícia para quem previa que tínhamos um craque para substituir Neymar que, também, nunca conseguiu ser o protagonista que o futebol brasileiro não tem desde que a geração dos Ronaldos, o Fenômeno e o Gaúcho, e Romário deixou os gramados.

O que virá por aí?

Ednaldo Rodrigues, o presidente de plantão da CBF, promete ir à Europa para contratar um técnico para um projeto que nem ele sabe qual é.

Carlo Ancelotti é o que ele quer.

Mas o vencedor treinador do Real Madrid mostra em declarações que o que ele gostaria mesmo é de continuar no clube espanhol.

No que ele está mesmo é muito certo.

E vai ficar no Real, principalmente se conseguir o título Champions League.

O que para ele não é tão difícil assim, pois já venceu quatro. Além de ter sido campeão nas cinco mais importantes ligas da Europa.

E trocar o futebol europeu pela aventura de vir ao Brasil dirigir a Seleção Brasileira seria temerário.

A CBF não é porto seguro para ninguém.

Seus presidentes são eleitos por federações estaduais, que não passam de capachos para os interesses de uma entidade que já teve presidentes presos e só não teve mais porque dois deles se recusam a deixar o país, temendo passar os últimos dias de suas vidas trancafiados em algum presídio europeu.

É o que restou de um futebol que já foi o melhor do mundo.

Triste.

Wladimir Miranda cobriu duas copas do mundo (90 e 98). Trabalhou nos jornais Gazeta Esportiva, Diário Popular, Jornal da Tarde, Diário do Comércio e também na Agência Estado. Iniciou no jornalismo na Rádio Gazeta. Trabalhou também na TVS, atual SBT. Escreveu dois livros,de grande aceitação no mercado editorial: O artilheiro indomável, as incríveis histórias de Serginho Chulapa e Esconderijos do futebol.

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