Olá, amigos do Futebol em Rede.
Esperto, muito inteligente e excelente treinador, Abel Ferreira ganhou um 12º jogador, tão importante quanto os onze que estão em campo jogando (quando o seu time não tem jogador expulso): A TORCIDA QUE CANTA E VIBRA, a torcida palmeirense.
Sem dúvida o técnico conquistou o torcedor palmeirense, cativando-o não apenas pela competência e os resultados do time que hoje é um dos melhores - se não o melhor - do Brasil.
Em suas entrevistas, Abel faz questão de incluir sempre a força que os torcedores dão e passam para os jogadores em campo. Ressalte-se: apoio e força com o time ganhando, empatando ou perdendo.
O “Gajo” é muito inteligente e preparado. Nível de preparo acadêmico extraordinário em várias áreas, da psicologia à preparação física e ao estudo técnico do futebol.
Lê de tudo que diz respeito ao futebol, principalmente histórias e estórias do mundo da bola. Por onde andou devorou tudo o quê foi possível sobre os clubes onde trabalhou.
No Palmeiras, devorou a história do alviverde desde a fundação às conquistas e, com certeza, crises pelas quais passou o alviverde. Não duvido que se tenha informado e obtido detalhes de ex-treinadores que marcaram época e títulos conquistados... dos que decepcionaram e/ou fracassaram. É detalhista.
Franqueza é também outra qualidade que lhe é peculiar. E saber ser franco não é fácil. Numa “dura” ou num elogio tem que ser olho no olho; saber quando isso deve acontecer no ambiente coletivo ou no particular; notadamente não ter “xodós”, todos são iguais e devem ser iguais.
Nos meus já 63 anos de jornalista esportivo e repórter, garanto a vocês torcedores, que ele está entre os mais inteligentes e sinceros nas entrevistas que concede, nas coletivas ou nas individuais. Ao longo de todos esses anos entrevistei inúmeros técnicos, brasileiros e estrangeiros, de clubes e de seleções.
Abel não foge das perguntas e também aproveita as respostas para ser didático, jamais ofensivo. Nesse tema, Abel - até agora - não o vi se aproveitando do fato de
cada repórter ter direito a uma só pergunta sem direito a réplica ser grosseiro na sua resposta.
Justificando o título do comentário, ele ganhou o torcedor palmeirense sem fazer média, mas apenas justiça. A torcida palmeirense sempre esteve e estará entre as 10 maiores e mais importantes do Brasil. Hoje é, talvez, a mais diferenciada do nosso futebol. Criou um coro de incentivo maravilhoso além do hino que também cantam: "VAMOS PRA CIMA PORCO. HOJE EU VIM TE APOIAR. SAIR VENCEDOR. LUTEM SEM PARAR!”. Com estádio cheio é de arrepiar.
Ter assumido o PORCO, TROCADO PERIQUITO que era o antigo, pois os adversários gritavam “porco” como ofensa à origem italiana do Palestra Itália, que em 1942 foi obrigado a trocar de nome, à época da 2ª. Guerra mundial para Sociedade Esportiva Palmeiras, foi inteligente. Louve-se aqui o amigo Roberto Gobatto, conselheiro e que foi diretor de MKT do alviverde, que fez campanha para que se assumisse o PORCO. Quando um apelido desagrada, enfurece e se deixa de passar recibo, ele vira rotina e perde a graça para os ofensores.
Um abraço.
Lucas Neto
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