O Vitória conseguiu evitar um desastre. Depois de flertar com um inédito rebaixamento para a Série D do Brasileiro, reagiu e conseguiu acesso para a Série B. A fase anda tão ruim, que o rubro-negro baiano foi eliminado na primeira fase do campeonato estadual nas últimas quatro temporadas. Não levanta o caneco na Bahia desde 2017, cinco anos de amargo jejum. Está distante dos anos de ouro (Vice do Brasileiro 1993 e Vice da Copa do Brasil 2010). Escapar da Série C, pela segunda vez na história, na atual circunstância, teve até comemoração.
A marca da campanha foi a chegada do técnico João Burse (Foto/Crédito - @ECVitoria ). Ele pegou o time à beira do rebaixamento e conseguiu o acesso. Foram 14 jogos e um aproveitamento de 69 % dos pontos (8 vitórias, 1 derrota e 5 empates). Um treinador pouco experiente. Além de treinar o próprio Vitória como interino duas vezes, só trabalhou no time principal do Cianorte. O acesso para a Série B com o Vitória foi seu melhor trabalho. Por conhecer o clube, trabalhou nas divisões de base, virou uma espécie de aposta caseira para reestruturar o time.
O problema é resgatar a confiança do torcedor, cansado de vexames. Antes de pensar na 13ª passagem pela Série B do Brasileiro, é preciso não fazer papel vergonhoso no estadual. A última vez que o Vitória esteve na elite do futebol brasileiro foi apenas há 4 anos. Nesse período o time passou por um mergulho de vexames. Três anos na Série B como coadjuvante, um rebaixamento para a Série C e sumiu do pódio no cenário estadual.
Voltar à Série B pode aliviar a tensão dos torcedores, mas para retomar confiança, o trabalho será árduo. Seu maior rival, o Bahia, vai estar na elite e com promessa de investimento. O Vitória vai precisar montar um elenco ao longo da próxima temporada e evitar comparações. Sua realidade é muito distante dos anos de glória. O torcedor rubro-negro sabe que a maior esperança, hoje, é acabar com a série de vexames e nada mais.
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