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Foto do escritorFutebol em Rede

LA TRAGEDIA DI PALERMO


O apaixonado pelo futebol italiano está em choque. Pela segunda vez consecutiva a Squadra Azzurra ( seleção italiana ), quatro vezes campeã do mundo, estará fora de uma Copa. O palco da tragédia foi Palermo na Sicília, onde a inexpressiva seleção da Macedônia do Norte fez história e eliminou a Itália com um gol nos acréscimos. Para desespero dos “tifosi”, Itália atual campeã da Eurocopa após meia década de espera. Gabriele Gravina, presidente da Federazione Italiana de Giuoco Calcio, ficou sem chão após o terremoto da eliminação.


A procura por culpados começou. A mãe do técnico Roberto Mancini reclama dos pênaltis perdidos, o brasileiro Jorginho perdeu três, e critica o próprio filho por não convocar Balotelli. Roberto Mancini será o alvo. Gravina já ouve nomes para um novo ciclo na seleção, mesmo não descartando Mancini. Fala-se de Fabio Cannavaro com curta experiencia como treinador no China, mas com liderança de ex-jogador e capitão da seleção. Outro nome é de Carlo Ancelotti, hoje treinador do Real Madrid. Nome de destaque como treinador europeu, não possui títulos com a seleção. Pouco para o muito que representa como vencedor.


O fato é que o futebol italiano anda de naufrágio em naufrágio faz tempo. A conquista de Eurocopa, importante, foi uma ilusão que só escondeu a dura realidade. Nas últimas eliminatórias foi sufoco. Da Copa da Rússia o time foi para a repescagem ao ficar em segundo num grupo onde a Espanha era franca favorita e a eliminação veio em dois jogos (derrota e empate) contra a Suécia. Desta vez, segundo lugar invicto, atras da Suíça e a vergonha de Palermo contra a Macedônia do Norte, que nunca foi a uma Copa do Mundo e que na sua única participação na Eurocopa, perdeu todos os jogos.


Nas últimas duas Copas do Mundo que participou, a Itália não passou da primeira fase (2010 e 2014). O último time italiano a participar das quartas de final da Liga dos Campeões foi o pequeno Atalanta em 2020. Já são dois anos sem representantes. A última vez que um time italiano chegou na final do principal torneiro de clubes da Europa, foi em 2017 quando a Juventus perdeu para o Real Madrid. Faz mais de uma década que um italiano não ganha a competição (Internazionale/2010). Os resultados pífios não são frutos do acaso. Durante o período, o cálcio sofreu um caos com escândalos de fraude desportiva.


Os escândalos transformaram o Calcio em uma Liga de segunda linha, com menos investimentos e poucas atrações internacionais. Para piorar, a seleção envelheceu. Não houve renovação de peças e surgiu necessidade de “oriundis” (descendentes de italianos) comporem a Squadra. Três brasileiros jogaram a Eurocopa pela Itália ( Jorginho, Emerson Palmieri e Rafael Toloi). A tragédia de Palermo não pode ser entendida como uma simples questão de incompetência no jogo. Ela é fruto de uma sequência de erros. Trocar treinador é apontar o dedo para um culpado. O futebol da velha bota precisa de reestruturação, seriedade e uma mudança radical de mentalidade.

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