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NA HORA DE TIRAR UM DEZ.........


O São Paulo surpreendeu no Campeonato Paulista. Rogério Ceni ( Foto/Crédito - @SaoPauloFC) conseguiu mudar o perfil de letargia da equipe e fez o time brigar pelo título com o Palmeiras. Foi tudo tão perfeito que o São Paulo até venceu o primeiro jogo da decisão e fez uma boa vantagem. Porém, na hora de tirar um DEZ, lembrou o personagem de Brandão Filho (Sandoval Quaresma) na escolinha do Professor Raimundo. Estava indo tão bem, mas falhou.


Chegar na final do Paulista como chegou, foi uma evolução tremenda. Dos seis reforços para tirar o time da condição de quase eliminado no Brasileiro do ano passado, só três (Rafinha, Jandrei e Alisson) foram titulares. Gabriel Sara peça importante, por contusão, nem entrou em campo. Rigoni caiu de rendimento, mas Calleri despertou, virou destaque e artilheiro do time. Nikão, Patrick e o tal Colorado, reforçaram mesmo o banco de reservas.


Com um time em formação, o São Paulo foi longe. Por isso, nada de terra arrasada pela frustração do vice estadual. O Palmeiras é mais time e muito mais rodado de que o São Paulo. A grande dor de cabeça foi a goleada no jogo final. Um resultado muito ruim que deixa cicatrizes e precisa ser analisado com critério. Na hora do DEZ, uma atuação de envergonhar. Como Sandoval Quaresma, na última pergunta, o São Paulo foi pego com as calças na mão, comprometeu a imagem de evolução e deixou seus feridos torcedores com a sensação de que algo está muito errado.


Houve um erro de planejamento e estratégia no jogo final. Rogério Ceni, que é muito bom treinador, me perdoe, mas deu tudo errado. O São Paulo entrou em campo para jogar acuado e de olho no relógio. Chamou o adversário para reverter a difícil vantagem com pressão insuportável para um time em construção. Jogar com esticão para o ataque para aliviar pressão, revelou erro na escalação. Eder é lento e Calleri jogou sozinho. Definitivamente a estratégia foi um erro.


A estratégia do São Paulo no jogo final durou 20 minutos e implodiu. Um erro que deve servir de aprendizado para Rogério Ceni e o próprio São Paulo. Além disso jovens que cresceram muito na competição (Diego Costa, Nestor, Pablo Maia e Wellington) sentiram o peso do jogo. Natural, e vão ganhar casca grossa para o futuro de suas carreiras. O placar dilatado deixou cicatrizes na confiança do elenco. Não deixar desandar a maionese deve ser o principal objetivo do treinador nesse momento.


Algumas outras atitudes deverão ser realizadas. O elenco precisa ser reavaliado. Rafinha foi expulso e não rende o esperado. Tem garotos na fila da posição. Arboleda tem espaço na zaga, mas precisa de um relógio. Atrasa demais e compromete o trabalho. Muitas contratações deram errado e o prazo de validade acabou, exemplo, Gabriel Neves. Volpi, Miranda e até Reinaldo perderam espaço e precisam de definições.


Bombardear o treinador, ferido pela derrota, é um erro. Um time em construção precisa de ajustes. Hoje, o São Paulo não tem elenco para disputar títulos. Pode e deve evoluir. Tem que cuidar dos hematomas da final com o Palmeiras e seguir com o trabalho. A Sul-Americana pode ser um bom caminho para apagar a imagem do desastre. Brasileiro é muito difícil e sonhar com título inédito da Copa do Brasil e muita areia para um caminhão que ameaça descer a ladeira. Que a derrota frustrante sirva de lição.

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