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Nem parecia seleção do Tite


Uma vitória para dar esperanças. Não pelo primeiro tempo, claro. Os 2 a 0, construídos na segunda etapa, mostraram uma Seleção Brasileira cheia de alternativas ofensivas.

E um sistema defensivo mais do que eficiente.

Quase perfeito.

A Sérvia não deu sustos.

Que venha a Suíça, dia 28/11, segunda-feira.

O brilho só veio depois do intervalo.

Antes, pouca movimentação ofensiva.

E um Brasil que só contava com as tentativas de Vinícius Júnior.

Neymar insistia em segurar a bola para sofrer faltas.

O que, na verdade, não é nenhuma novidade.

Mas o astro da seleção melhorou muito na volta do vestiário. E, sejamos justos, colaborou muito para que a equipe de Tite chegasse à vitória.

Logo no reinício, Raphinha perdeu uma chance clara de gol. E perdeu porque não acreditou que pudesse marcar.

Mas era o sinal de que tudo seria diferente no segundo tempo. Alex Sandro carimbou a trave aos 15 minutos. O gol surgiu dois minutos depois. Neymar entrou driblando pelo lado esquerdo e, quando iria perder a bola, Vini Jr chegou chutando.

O goleiro deu rebote e Richarlyson fez 1 a 0.

Tite chamou Fred para entrar no jogo.

E o brasileiro, que conhece bem o técnico da equipe brasileira, e sabe que de ousado ele nada tem, pensou que certamente mandaria que o time recuasse.

Mas o segundo gol brasileiro serviu para mudar até o perfil retranqueiro de Tite.

Richarlyson, aos 28 minutos, recebeu passe precioso de Vinícius Jr da esquerda, virou o corpo e pegou um voleio, indefensável para o goleiro da Sérvia.

Golaço.

A partir da obra de arte do dia, Tite mostrou um lado dele que poucos conhecem.

Soltou mais o time.

Além de Fred, que entrou no lugar de Lucas Paquetá, entraram Rodrygo, Antony, Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus.

Com a molecada no gramado, o Brasil criou outras chances, que só não foram transformadas em gol porque a ansiedade foi maior do que a incrível facilidade para driblar que estes garotos possuem.

Casemiro ainda acertou o travessão.

Final.

De um jogo em que fica a certeza de que a Seleção Brasileira deixou para trás os tempos em que era dependente de Neymar.

E por falar em Neymar, o craque saiu de campo chorando muito.

No banco de reservas, já começou o tratamento com gelo para tratar uma lesão no tornozelo.

Corre o risco de ficar de fora contra a Suíça?

Pode ser.

Mas o Brasil, do segundo tempo, provou que tem inúmeras e ótimas opções ofensivas.

E que não depende mais do astro do PSG.

Ótima notícia.

Wladimir Miranda cobriu duas copas do mundo (90 e 98). Trabalhou nos jornais Gazeta Esportiva, Diário Popular, Jornal da Tarde, Diário do Comércio e também na Agência Estado. Iniciou no jornalismo na Rádio Gazeta. Trabalhou também na TVS, atual SBT. Escreveu dois livros,de grande aceitação no mercado editorial: O artilheiro indomável, as incríveis histórias de Serginho Chulapa e Esconderijos do futebol.

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