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O futebol brasileiro vive entre a soberba e a falta de confiança

O futebol brasileiro vive entre a soberba e a falta de confiança. Eliminações e mais eliminações para equipes de qualidade discutível tem ocorrido todos os anos no futebol brasileiro. Desde o Tolima que virou algoz corintiano até Guarani, do Paraguai, Union Santa Fé, La Calera e etc.



Quando um brasileiro ganha a Libertadores ninguém leva isso em consideração. Quando o Grêmio e o Flamengo, os últimos campeões pelo Brasil, ganharam, não ouvi dizer que os times brasileiros sucumbiram a malandragem argentina, uruguaia e outras mais. Mas quando acontece uma eliminação esse discurso volta.



Toda vez que a Seleção do Brasil enfrenta o Uruguai recordam a Copa de 1950, no Maracanã, momento sublime e histórico dos uruguaios e considerado um fracasso brasileiro porque tinha o empate para ser campeão, marcou primeiro e tomou a virada. Diziam que o Brasil não segurava a pressão no momento da decisão.



Pois, o Uruguai pouco fez em termos Mundiais depois de 50 e o Brasil conquistou 5 Copas do Mundo e continuou a ganhar e a perder dos uruguaios como ocorre em qualquer disputa de futebol. Quando ganha, jogamos demais e superamos até a terrível garra uruguaia. Quando perde fomos dominados pela malícia, garra e malandragem uruguaias. São discursos eternos.



Mas se temos ainda uma boa Escola de Futebol porque tropeçamos em pedras tão pequenas como tem ocorrido ultimamente? Ninguém em sã consciência vai me dizer que o Guarani é melhor que o Corinthians. Nem de longe, mas os resultados dizem o contrário. Esses times têm Campeonatos com menos jogos, jogam a sua vida nos torneios da Conmebol, cada vez mais inchados, enquanto que os brasileiros se desgastam entre tantas competições simultaneamente.



Pode ser uma explicação? Pode, mas acho que tem algo mais. No Brasil ou somos os melhores ou os piores, não tem meio termo. Me dá a impressão que quando vamos jogar com esses times de menor expressão achamos que já é jogo ganho. Aí entra em campo a soberba, a arrogância, e tropeçamos nelas. O adversário joga sua vida e nós achamos que ganharemos facilmente, aí quando a coisa se complica não sabemos administrar a situação e acabamos eliminados.



Na outra ponta, quando se decide um título, o Brasileiro parece ter perdido a confiança em si mesmo. Da arrogância dos jogos fáceis passa para a total falta de confiança se achando incapaz de enfrentar os adversários de igual para igual. Aí se entrega e acha que a derrota é normal. Já se foi o tempo em que os times brasileiros, e até a Seleção, se impunham pela camisa tradicional, por ser campeão contumaz e por ser muito forte inclusive de cabeça.



O Brasil precisa se organizar em vários aspectos, mas principalmente do lado psicológico. Há poucos gênios no futebol mundial e dois deles, Messi e Cristiano Ronaldo, estão encerrando as carreiras, portanto, está tudo muito igual quando se trata de bons jogadores. E bons jogadores o Brasil continua fazendo todos os anos. As safras continuam produzindo. Então, além da tática, da técnica, da habilidade, é preciso ter uma cabeça tão boa para não ser arrogante e nem covarde na hora de decidir jogos. É o que eu penso.

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