O milagre de Jesus do Flamengo foi ser ofensivo. Jorge Jesus ( Foto – Divulgação ) entrou para a história do rubro-negro com dois títulos. A Libertadores foi sofrida e o Brasileiro foi de lavada. Falta a cereja do bolo, o Mundial de Clubes. Pelo que fez até aqui, é possível, mesmo tendo pela frente um Liverpool do temível Jurgen Klopp, o melhor treinador do mundo no momento. Aos 65 anos, o Jesus do Flamengo, implantou o Mister no vocabulário brasileiro.
O segredo do Mister foi ser simples no trato com os jogadores, sem perder a autenticidade. Jogou ofensivo, sem criar fórmulas ou números impactantes. O time joga para o ataque. Mantém uma linha de quatro na defesa e um volante fixo no auxílio até para a saída de bola. Liberdade de movimentação no ataque. Gabriel abre para a lateral e Bruno Henrique fecha em diagonal. As principais variações ofensivas.
Em sua simplicidade definiu assim a função de Mister: “Não há um bom treinador sem bons jogadores”. Verdade incontestável. Não faltam bons jogadores ao Flamengo no meio de campo, com criatividade e ímpeto ofensivo. Reforçou o elenco, ajustou aqui e ali e pronto, deu liga. Jesus é o cara do momento. Não esconde o desejo de voltar para a Europa. Entre um reinado sul-americano e um reconhecimento europeu, prefere ser aplaudido entre os seus.
Jorge Jesus ainda tem o desafio de provar que sua simplicidade pode superar a estratégia de Klopp. É possível, os dois times possuem ótimos jogadores e vivem boa fase. Convencer o Mister a ficar no Brasil passa por dois caminhos. O carinho e afeto rubro-negro, a torcida é volúvel, mas convence. Outro ponto para convencê-lo é aumentar o investimento em grandes jogadores. Ser campeão do Mundo pode fazer uma grande diferença.
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