Antes, durante e depois da estreia da Seleção Brasileira na Copa do Catar (2 a 0 sobre a Sérvia), um debate tomou conta das mídias sociais (ou Insociais, se você preferir). O conflito de opiniões ficou ainda mais acirrado após o jogo, com a contusão do principal personagem do bate-boca virtual: Neymar.
Antes do segundo turno da eleição presidencial deste ano, o jogador formado pelo Santos, astro do PSG e da seleção, declarou seu voto a Jair Bolsonaro.
Primeiro, surgiu dançando em uma das peças de propaganda do candidato do PSL. Depois, foi ainda mais explícito e disse que a reeleição do ainda presidente seria a melhor solução para o país.
Há quem garanta que ele foi obrigado a ser mais incisivo em seu apoio.
Caso contrário, não receberia as benesses prometidas.
No pacote de bondade oferecido pelo candidato à reeleição, estaria o perdão de dívidas que a empresa de Neymar teria com o Imposto de Renda.
O acordo teria sido feito com o pai de Neymar. Que é, na verdade, quem comanda todas as suas ações fora de campo.
“Seu” Neymar/pai - um ex-jogador de futebol que o máximo que conseguiu foi atuar no inexpressivo União de Mogi das Cruzes, com todo o respeito que o União da progressista Mogi das Cruzes merece deste escriba -, dirige Neymar/filho com rédeas curtas.
Indo direto ao ponto, Neymar/filho, também conhecido por menino/Ney, não dá um pio sem o consentimento do “seu” Neymar.
Trocando em miúdos para facilitar o entendimento, o astro do PSG e da Seleção Brasileira é manipulado pelo pai.
Portanto, o apoio dado ao candidato à reeleição derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva não foi por convicção.
Neymar, fora dos gramados, não tem convicção a respeito de nada.
Muito menos sobre quem tem realmente capacidade para dirigir os destinos deste país.
Então, considero uma grande bobagem reprovar ou aprovar o apoio dado por tal criatura ao presidente derrotado.
O que Neymar faz em campo é relevante.
Ele é dotado de um grande talento para jogar futebol.
Tem técnica, habilidade, possui qualidades que o colocam na primeira prateleira do futebol mundial.
É craque.
Isso é indiscutível.
Mas basta prestar atenção ao que ele diz quando abre a boca para perceber que é uma pessoa imatura, apesar de seus 30 anos de idade.
Seu discurso vazio é recheado de sorrisinhos tímidos.
Quando fala, vê-se logo que não tem opinião formada sobre nada.
É manipulado pelo pai.
Balbucia as ordens dadas pelo manipulador.
Age como um boneco de ventríloquo.
Wladimir Miranda cobriu duas copas do mundo (90 e 98). Trabalhou nos jornais Gazeta Esportiva, Diário Popular, Jornal da Tarde, Diário do Comércio e também na Agência Estado. Iniciou no jornalismo na Rádio Gazeta. Trabalhou também na TVS, atual SBT. Escreveu dois livros,de grande aceitação no mercado editorial: O artilheiro indomável, as incríveis histórias de Serginho Chulapa e Esconderijos do futebol.
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