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Preciso me desculpar com Keno

A conquista do título brasileiro tem vários personagens importantes no Atlético Mineiro a começar pelo técnico Cuca, por jogadores como Hulk, Diego Costa, Nacho Fernández, Zaracho, Guilherme Arana, Jair, Sasha, Guga, Igor Rabelo, Rever, Junior Alonso, Nathan, Mariano, Vargas, Savarino, Allan e etc. Mas Keno saltou aos olhos não só pelos gols nos últimos jogos, mas pela forma como voltou a ser titular e decisivo no jogo da Fonte Nova, quando carimbou de vez o título.



Ele não é mais destaque que os outros, mas para mim é um jogador que chama a atenção até pela sua vida de futebolista. Quando o Galo contratou tantos jogadores famosos, Keno parecia que perderia a posição de vez, perderia sua utilidade, mas Cuca, que sempre gostou dele, deu um jeito para utiliza-lo da melhor maneira possível. Infelizmente já aos 32 anos de idade ninguém diz que Keno tem que jogar na Seleção, o melhor jogador do time e do Campeonato, Hulk, também não estará entre os selecionáveis de Tite. A Seleção não mora mais aqui e muitos menos, em Belo Horizonte.



Talvez se Keno jogasse no Flamengo, ou ainda no Exterior, poderia ser lembrado. Aliás, o seu estilo é muito parecido, na minha opinião, com Bruno Henrique. Talvez só cabeceie pior que o flamenguista, mas por baixo, na velocidade e finalização lembra muito mesmo. Pelo menos vejo assim. E parece que as semelhanças não param por aí. São jogadores que tiveram que buscar espaço a força. Não tiveram grande base e só sobreviveram porque tem muito talento natural. Quando pegaram os técnicos certos deslancharam e agregaram muitas coisas boas ao seu já bom repertório.



Por que eu disse que preciso pedir desculpas a Keno? Não é por agora, é por antes, quando chegou ao Palmeiras. Eu defendia a tese que time grande não devia contratar jogador de time que caiu para a segunda divisão. Keno, embora tenha sido destaque e artilheiro, caiu com o Santa Cruz, do Recife, em 2016. Quando foi contratado eu disse exatamente isso: "O Palmeiras está trazendo um jogador que caiu com o Santa Cruz". Mas Keno calou minha boca. Jogou bem, foi transferido para o Pyramids, do Egíto, dando um belo lucro ao Palmeiras e ajudou demais o time em 2017/18. Ainda levo em consideração minha tese, mas é preciso admitir que há exceções e boas exceções. Uma delas é Keno, que provou que é jogador de Primeira Divisão.



No Atlético Mineiro vive um momento esplendoroso. Grande parte do título também se deve a ele. É uma pena que tenha aparecido tão tarde e que também tenha tido problema de contusão nessa temporada, mas mesmo assim suplantou e mais uma vez provou seu valor. É cascudo, sofreu em times pequenos e médios e desfrutou nos grandes clubes. Hoje é ovacionado pela torcida do Atlético. Merece aplausos de todos nós. Inclusive deste que achava que não era jogador para a Primeira Divisão. Não é mesmo, é para Divisão Especial dos ótimos atletas que dão tudo pela vitória e desmentem qualquer tese. Desculpa aí, Keno. Não tira o pé, não. Ainda há mais para conquistar.







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