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Qual Jorge é melhor? Jesus ou Sampaolli?

Qual Jorge é melhor? Jesus ou Sampaolli? Ambos têm a mesma campanha no Brasileiro: 33 pontos em 16 jogos com 10 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Mas o time de Jesus fez mais gols: 35 a 28, 7 a mais e tomou um gol a mais que o time de Sampaolli, 18 a 17. No saldo de gols é líder do Brasileiro com um elenco recheado de grandes jogadores para o nível atual do futebol brasileiro enquanto que o outro Jorge se vira com o que tem e quando não tem inventa também tanto quanto o Gajo da Gávea. Às vezes dá certo, às vezes, não.

As mesas Redondas a partir de hoje discutirão o tema com veemência: Os Europeus, também conhecidos como vira-latas,  dirão que o Jorge rubro-negro trouxe coisas novas e já mudou a mentalidade do Flamengo e que Sampaolli muda a história do Santos. Os brasileiros, conhecidos como conservadores e nacionalistas, dirão que não tem nada de novo e que os dois times sempre jogaram no ataque e conquistaram vários títulos importantes na história antes dos Jorges fincarem âncora por aqui.

Acho que os dois lados têm um pouco de razão. Quando chega um novo treinador também se trás algo de novo mesmo que se repita velhos modelos. O mundo é mais repetitivo do que se supõe e a história prova isso. O futebol evoluiu muito fisicamente e hoje se corre mais futebol do que se joga futebol. Por isso, um pé duro que saiba se movimentar, marcar e preencher espaços, acaba tendo mais chance do que no futebol de ontem. Isso é evolução ou uma destruição da técnica e habilidade inata principalmente dos jogadores brasileiros? Há respostas a favor e contra. O certo é que pelo que vemos sempre haverá espaço para o grande jogador fazer a diferença. Ocorre que alguns técnicos estão tolhendo esses jogadores. Isso mata a beleza do jogo.

Acho que os dois Jorges são ótimos treinadores, mas têm defeitos que todos os outros têm também. Quando o técnico chega  parece que ele vem com a varinha mágica para reformar tudo. Acontece que depois de um tempo ele começa a ter os mesmos problemas que os técnicos brasileiros e alguns já dão até as mesmas desculpas: Falta de tempo para treinar, calendário com muitos jogos e competições, VAR que atrasa demais o jogo e às vezes reclamam até dos adversários mais fracos que para terem algum resultado jogam mais fechados esperando para dar o bote no contra-ataque. Cada um joga com o que tem e bom é o treinador que conhece os limites do seu elenco e tenta melhora-lo jogo a jogo.

O Flamengo faz muitos gols e toma muitos gols. O Santos idem. É bonito de se ver, mas claramente há um desequilíbrio. Nos dois últimos jogos Jorge Jesus ganhou com autoridade de Inter e Ceará e não tomou gols. Será que corrigiu esse problema? Os próximos jogos dirão. O Santos tomou 8 gols nos últimos três jogos e fez “apenas” 5. De novo o problema defensivo aparece. Dizer que um técnico precisa equilibrar suas linhas para cuidar também do setor defensivo não o torna retranqueiro como alguns pensam. É chama-lo a razão de que no futebol há várias maneiras de ganhar e muitas maneiras de perder. A gente aprende todos os dias observando atentamente as mais variadas situações.

Você pode pensar em ganhar fazendo e tomando muitos gols. Desde que você tenha Leandro, Junior, Adilio, Andrade e Zico ou Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Ou Busquets, Iniesta, Xavi, Messi, Suarez e Neymar ou Clodoaldo, Gerson, Rivelino, Jairzinho, Tostão e Pelé. Aí, até eu.

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