O atual artilheiro do Campeonato Brasileiro, Thiago Galhardo ( Foto – Divulgação ), demorou muito para aparecer. Começou no Bangu, teve passagens por vários clubes (Botafogo, Coritiba, Ponte Preta entre outros), mas no Vasco começou a aparecer. Saiu do clube carioca chateado e apostou numa temporada no Ceará. Acertou na aposta. Fez 14 gols em 34 jogos e despertou interesse do Inter. Para ser coadjuvante no Colorado, abandonou direitos e conseguiu a liberação. Outra aposta certeira.
Thiago Galhardo chegou como opção no time que tinha o peruano Guerrero como principal estrela no ataque. Ninguém poderia imaginar que o coadjuvante iria virar a solução. Guerrero sofreu uma lesão séria e os dirigentes do Inter começaram a buscar alternativas. A solução já estava no Beira Rio e vestia a camisa 17. O número da camisa é homenagem a avó, Dona Ottilia, falecida num dia 17. Homenagear a avó com o número na camisa do Inter foi certeiro. Galhardo nunca marcou tantos gols na carreira.
É preciso reconhecer que Galhardo não só faz apostas certeiras. Ele é bom jogador mesmo. Uma pena que só tenha alcançado destaque aos 31 anos. Ótima presença na área, faz muitos gols de cabeça, mas sabe dar assistências também. Por ter jogado como meia na maior parte da carreira, sabe ler o jogo e tem posicionamento. É um jogador inteligente e cumpre várias funções. Não fica esperando a bola para brilhar. Apesar de brigar pela artilharia no Brasileiro, não é um matador, é bem mais do que isso.
Sua metamorfose no Inter chama a atenção e há quem defenda até a convocação dele para a seleção. Seleção é momento e Galhardo vive seu melhor momento na carreira. Infelizmente, na função são muitas as alternativas. Porém, no Inter, é inegável sua utilidade. Hoje até existe a Galhardo-dependência. Sem ele o time encontra sérias dificuldades na criação e nos gols. Galhardo não é craque. Desabrochou tarde no futebol e faz história no Internacional. Uma aposta num coadjuvante que virou protagonista no clube. Uma solução inesperada, uma aposta certeira.
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