Se há algo para ser elogiado nesta vitória do
Brasil sobre a Suíça (1 a 0) é o sistema
defensivo. Alison não fez uma única defesa
durante o jogo. Como também não havia feito
contra a Sérvia, na estreia, vitória por 2 a 0.
E fica a questão.
A defesa brasileira não tomou sustos até agora
porque é consistente, ou pela fragilidade
ofensiva dos seus dois primeiros adversários na
Copa do Catar?
A ver.
O Brasil está classificado.
Resta saber se em primeiro ou em segundo
lugar no grupo.
Tem tudo para ser o primeiro.
Afinal, é a única seleção do grupo com duas
vitórias.
Para perder a ponta, terá de ser derrotado por
República de Camarões e a Suíça ganhar da
Sérvia.
Ou seja, só uma catástrofe tira o primeiro lugar
da equipe de Tite.
E então começarão os jogos eliminatórios.
As dificuldades serão maiores.
Com certeza enfrentará rivais bem mais
dispostos a atacar do que a Sérvia e a Suíça.
O sistema defensivo brasileiro ainda precisa ser
testado.
Ainda não foi.
E Neymar, faz falta, ou não?
Esperava, confesso, que mesmo sem ele no
gramado, a seleção mostraria melhor
rendimento diante dos suíços.
Os laterais brasileiros pouco atacaram. Militão,
que não é lateral, e Alex Sandro, não
colaboraram com Raphinha e Vini Jr como
deveriam.
E ficou uma certeza.
Neymar preocupa, sim, os adversários.
Com ele em campo, Raphinha e Vinícius Jr têm
mais espaços para ousar.
Rodrygo deveria ter sido escalado desde o
início.
Tite preferiu Paquetá.
Voltou a ser o Tite extremamente cauteloso
que o Brasil conhece.
Espera-se que tenha aprendido a lição.
A lição está na alegria das pernas de Rodrygo.
Wladimir Miranda cobriu duas copas do mundo (90 e 98). Trabalhou nos jornais Gazeta Esportiva, Diário Popular, Jornal da Tarde, Diário do Comércio e também na Agência Estado. Iniciou no jornalismo na Rádio Gazeta. Trabalhou também na TVS, atual SBT. Escreveu dois livros,de grande aceitação no mercado editorial: O artilheiro indomável, as incríveis histórias de Serginho Chulapa e Esconderijos do futebol.
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