Olá amigos!
Todos nós que adoramos o Futebol, faz tempo, sonhávamos com o dia em que a tecnologia das imagens fossem usadas para dirimir dúvidas das mais variadas que acontecem em seus jogos.
Lembro-me quantas vezes comentei esse assunto, citei o futebol americano, vôlei, tênis e vários esportes que adotaram a reprise das imagens para auxiliar os árbitros a corrigirem decisões nos mais variados lances, tipo: a bola entrou ou saiu? Foi dentro ou fora da quadra. Houve falta? Havia impedimento? Houve agressão? Foi Pênalti? Identificação de atletas e membros das Comissões Técnicas que ficam nos bancos e causam confusões. E tantas outras coisas que acontecem em campo ou fora dele.
Vibramos no mundo inteiro com a utilização da cada vez mais avançada tecnologia das imagens a serviço do futebol.
Com pensamento positivo e sonhador imaginamos o futebol com menos e mínimos erros de arbitragem. Mais justiça em campo, mais fluidez na partida, mais tempo de bola rolando, etc..
Sonho de uma noite de verão, certo?
NÃÃÃÃÃÃOOOOOOO.
O sonho virou pesadelo.
Onde e por quê?
Porque estamos no Brasil e na América do Sul.
Infelizmente, sem nenhum “complexo de vira lata”, logo caímos na real. Acompanhem a análise:
1- O espírito que norteou a criação do VAR: auxiliar o árbitro da partida nas suas decisões e correções de possíveis enganos cometidos em lances quase que imperceptíveis à vista humana (exemplos: visão encoberta, rapidez das jogadas, velocidade da bola, etc.).
2 - Mais tempo de bola rolando.
3 – ENTENDER QUE A DECISÃO FINAL É SEMPRE DO ÁRBITRO PRINCIPAL, QUE É QUEM COMANDA TODA A EQUIPE DE ARBITRAGEM.
Agora, analisemos como as coisas acontecem aqui:
1 – Nem todos que compõem a Equipe do Var entendem que a função é de auxiliar o árbitro. Como? Chamando-o para ver a imagem do lance que suscitou alguma dúvida ou o fez tomar uma decisão errada, causando alguma injustiça ou prejuízo a alguém ou a uma das equipes.
2 – Casos acontecem em que o árbitro do VAR dá uma de “Pilatos”: lava as mãos. E numa frase mais chula: “tira o dele da reta”.
3 – O tempo que se perde para o árbitro ir ou chegar à cabine para ver as imagens é irritante.
E a razão desse tempo perdido: jogadores à sua volta pressionando-o, contestando uma sua decisão que pode e deve ser mudada com a conversa com o Var, ou retardo para sua ida à cabine, a argumentação dos atletas questionando-o ou forçando-o a ver as imagens.
Normalmente a cabine fica entre as duas áreas técnicas. Aí ao se aproximar dela, as pressões aumentam por parte dos treinadores, membros das Comissões Técnicas, atletas nos bancos, etc.
Sem mais delongas, objetivamente, duas situações recentes:
Jogo Argentina 0 x 0 Brasil pelas Eliminatórias da Copa na América do Sul, árbitro uruguaio no estádio em San Juan, lotado, 26 mil pessoas (sua capacidade). Árbitro uruguaio, Andrés Cunha. Covarde e/ou pusilânime. Otamendi deu cotovelada criminosa em Raphinha (sangrando pela boca, o brasileiro voltou a campo com chumaço de gaze cheia de sangue trocando-a algumas vezes e voltou do intervalo com sutura de 5 pontos). O árbitro não tomou conhecimento do fato e pelo jeito nem foi alertado pelo VAR. Será que pipocou com medo da torcida local ou quis se preservar de problemas maiores com os argentinos batendo muito e à vontade com a sua covardia? Aliás sangrando e com a camisa suja de sangue continuou em campo. Cadê a coragem para deixá-lo de fora até estar em ordem para para voltar?
Jogo Itália 1 x 1 Suíça, Eliminatórias da Europa. Suíça vencia por 1 a 0. Itália empata com gol de Di Lorenzo de cabeça. O VAR chama o árbitro, que conversa com o pessoal da cabine sem qualquer pressão dos jogadores à sua volta ou questionamentos. Confirmou o gol e a Suíça deu a saída normalmente. Quanta inveja senti nessa hora! Agora, justificarei o título da coluna, a tal de “Irmã Gêmea do VAR” (é a mesma sigla VAR, significando VAI ACABAR RECLAMAÇÃO!
Como isso pode acontecer?
É simples: A FIFA determinar e as Confederações, Federações e os dirigentes seguirem à risca a orientação: SERÃO EXPULSOS DE CAMPO ATLETAS, TREINADORES, MEMBROS QUE FICAM NOS BANCOS, QUE IMPEÇAM O ÁRBITRO DE OUVIR E CONVERSAR COM OS MEMBROS DA CABINE DO VAR OU ATRAPALHAREM A SUA IDA À CABINE PARA VER AS IMAGENS E TOMAR A SUA DECISÃO SOBRE O LANCE EM QUESTÃO.
O Árbitro que não cumprir essa orientação será afastado das escalas.
Isso deve ser cumprido com todo o rigor e tantas vezes quantas forem necessárias. Se no mesmo jogo a exigência for cumprida e uma das equipes ficar com menos de 7 jogadores, o jogo será dado por encerrado e na sequência os regulamentos cumpridos.
Nessa hora relembro aqui o CINTO DE SEGURANÇA. Quando passou a ser obrigatório, uns não usavam porque apertava, ficava sufocado, sensação de clausura, etc. A solução foi simples: MULTA! Depois da segunda, terceira multa tendo de ser paga, veja se alguém anda sem o Cinto de Segurança. A gente entra no carro e automaticamente senta-se, puxa o cinto e o afivela. Não é simples?
Que nasça logo essa Irmã Gêmea do VAR para acabar com essa irritante palhaçada.
Um abraço.
Lucas Neto
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