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VENDEDOR DE ILUSÕES


O Santos criou uma marca na gestão de Andrés Rueda ( Foto – Esporte News Mundo ). Toda vez que a crise de qualidade técnica do time começa a ser discutida, com irritação do torcedor e pedidos de reforços, volta ao noticiário a reforma da Vila Belmiro. O assunto vem sendo tratado faz tempo pelo Conselho Deliberativo do clube e a W Torre já apresentou o projeto em algumas versões. Até já existe acordo para o Santos mandar seus jogos no Canindé, estádio da Portuguesa, na capital.


Pela insistência da pauta nos veículos de comunicação, até parece que o Santos vive uma fantasia. As famosas dívidas que motivaram Rueda e se dispor a ser o salvador financeiro do clube, sumiram. Ninguém questiona o fraco desempenho esportivo. Os erros e as cicatrizes financeiras das constantes apostas em treinadores, são arquivadas Tudo em nome de uma “modernidade”, cuja necessidade é questionável.


A Vila Belmiro tem capacidade oficial de 16 mil torcedores. A fase do time não ajuda, mas alcançar a lotação máxima no estádio é tão difícil como esperar que o time vença uma competição na temporada. Isso sem contar que o atual estádio é um monumento histórico do futebol mundial. Lógico, precisa de melhorias. Porém, pela lógica, não é prioridade para o Santos. Hoje, interessa mais para a W Torre ver o tema sendo explorado na mídia.


O acordo entre Santos e WTorre eleva a capacidade do estádio para 30 mil lugares, uma concessão de trinta anos e um custo “estimado” em mais de 300 milhões de reais. Dizem, parte do dinheiro virá da venda de camarotes, cadeiras cativas, lojas e etc. Até shows são previstos com capacidade ampliada para 35 mil lugares. Para incentivar o debate, vai ter espaço para homenagens à grandes ídolos do clube. Com certeza, acredito num andar todo, só para Pelé.


Ninguém mais discute o momento atual do Santos. Ninguém questiona erros e acertos da gestão Rueda num ano eleitoral para o clube. Até o fantasioso Comitê de Gestão, uma espécie de grupo de palpiteiros ligados ao presidente, sumiu do noticiário. Me faz lembrar José Ferreira Pinto, presidente do Juventus que não poderia ser substituído enquanto obras estivessem em andamento no clube da Mooca. Era um tal de construir e mudar quiosque de lugar para eternizar o poder.


Andrés Rueda foi eleito presidente do Santos com a promessa de gestão financeira impecável. Colocou dinheiro do bolso para evitar tragédias com dívidas do clube mundo afora. Tudo virou pano de fundo. Matemático e empresário, o dirigente encontrou uma fórmula mágica. Vender ilusões. A nova Vila Belmiro não é uma necessidade, não é prioridade. Será como modernizar uma caixa de sapatos vazia. Vai ser a obra de campanha de um vendedor de ilusões, nada mais.

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