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VEXAME PREVISÍVEL


O Vasco da Gama deu vexame em campo na série B. Em nenhum momento da competição esteve estre as quatro equipes que lutam pelo acesso. Quatro vezes rebaixado da elite nacional (2008/2013/2015/2020), pela primeira vez terá que ficar mais de um ano na fila para voltar ao cenário principal. Não foram poucos os avisos de que o barco iria adernar. As causas do vexame são variadas. Começa pela disputa do poder no clube que terminou com a eleição de Jorge Salgado, atual presidente, após intrigas, votação presencial e on-line e decisão nos tribunais.


Parece praga de Eurico Miranda, falecido em 2019, presidente por quatro vezes do clube, e um dirigente polêmico e centralizador. O Vasco que chegou a ter um ídolo, Roberto Dinamite, no poder, nunca conseguiu escapar de vexames. Roberto Dinamite comandou os rebaixamentos de 2008 e 2013. Eurico foi rebaixado com o Vasco em 2015 mesmo prometendo ir para a Sibéria se a queda ocorresse. Faz tempo que o clube navega em mar agitado politicamente e a eleição tumultuada de Jorge Salgado colabora com a tese.


A queda do Vasco na temporada passada não serviu de lição. O clube tentou se segurar na elite com Vanderlei Luxemburgo como treinador sem receber salários devido à crise financeira. Em onze jogos, só duas vitórias. O treinador foi uma tentativa desesperada que não deu certo. Marcelo Cabo, foi a aposta vascaína para o estadual. O Vasco nem chegou entre os semifinalistas, um vexame, encoberto por uma Taça Rio dos pobres, disputada por times que não chegaram na reta final do Carioca.


O Vasco entrou na série B com um elenco inchado, muitos jogadores experientes que fracassaram no rebaixamento e no Carioca e com um treinador sem títulos expressivos. Dos três treinadores da série B, Marcelo Cabo foi até o melhor com 50 % de aproveitamento e 5 vitorias. Apostaram em Lisca doido com menos experiencia ainda, com ele o Vasco chegou ao sexto lugar na 17ª rodada, 43% de aproveitamento e 4 vitorias. Para salvar o time veio Fernando Diniz, técnico contestado e com resultados abaixo do esperado no São Paulo e Santos. Foi a pior das três apostas, só três vitorias e 41 % de aproveitamento.


Apostas erradas, treinadores sem suporte para comandar um elenco “rodado” e cheio de problemas financeiros. Jorge Salgado trocou o responsável pelo futebol Alexandre Pássaro, o mínimo que poderia ser feito. Agora precisa cortar na carne. Cano, artilheiro do clube, só renova se pagarem dívida. Nenê, 40 anos, foi a grande “alegria” do torcedor na temporada. Jogadores como Castan, Marquinhos Gabriel, Léo Matos, Vanderlei e outros veteranos não justificam a permanência. Andrey revelação da casa não vai ficar por medo da torcida.


Quem acompanhou o Vasco na série B só tem esperanças no promissor lateral esquerdo Riquelme de 19 anos. O resto do elenco fica na nota de corte para o próximo treinador. É hora de arregaçar a manga e colocar a mão na massa. O clube precisa de um treinador experiente para suportar pressão. Precisa enxugar o elenco. Não dá para segurar veteranos que deram vexames nos últimos tempos. Seria ótimo que o clube oxigenasse a política. O torcedor desesperado vive das lembranças de um Vasco quatro vezes campeão brasileiro e campeão da Libertadores. Isso precisa mudar e rápido.

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