Que Santos é este?
Um Santos que está doente e não se cura, e que há tempos se contenta em só participar, esquecendo que sua sina é brilhar e levar sua torcida à loucura.
Um Santos que esqueceu sua grandeza e que luta pra não ser mais o que antes era, que prefere o inverno à primavera pra melhor servir a interesses indecentes.
Pode ser o Santos do atual PRESIDENTE, mas não é, com certeza, o verdadeiro Santos.
Um Santos que perde pra qualquer um por ausência total de algum talento, e que eterniza na derrota o sofrimento de mais de 6 milhões de torcedores.
Um Santos onde os poucos confiáveis não têm voz, não têm vez, nem diretriz.
Mas os vaidosos - estes, sim – as têm, e querem bis! E contam com respaldo de ultrapassados comandantes.
Pode ser o Santos de NUNCA ANTES, mas não é, com certeza, o verdadeiro Santos.
Um Santos que perdeu a identidade, que sepultou o talento inerente,
que mal vê esperança pela frente, e das vitórias já pediu moratória.
Um Santos que não tem capacidade, e sofre com derrotas vexatórias,
com campanhas cujo desfecho é sempre a perda.
Pode ser o Santos do RUEDA, mas não é, com certeza, o verdadeiro Santos.
Um Santos que não tem craque em sua linha, e que os ídolos do passado desconhece ao jogar um futebol que mais parece uma afronta à sua história cristalina.
Um Santos cujo conselheiro emburrece um pouco, mas sempre mais, a cada dia, onde o presidente se fia que o torcedor é cego, desrespeitando seu passado inteiro.
Pode ser o Santos dos membros do CONSELHO, mas não é, com certeza, o verdadeiro Santos.
Um Santos que o talento elimina, que não ouve o clamor da arquibancada, e que trata sua história na pancada, e que fracos jogadores o dominam.
Que permite a saída de craques, mas mantém em seu elenco muitos “manés”, e que cospe na paixão dos torcedores, e assim desrespeita a história de Pelé, e que ao agir assim torna o grande campeão um time que só afina...
Pode ser o Santos deste tal de LUCAS LIMA, mas não é, com certeza, o verdadeiro Santos.
Obs. : Texto livremente inspirado no poema “O Meu País”, de Zé Ramalho.
Márcio Trevisan é jornalista esportivo há 35 anos. Escritor com cinco livros publicados, começou no extinto jornal A Gazeta Esportiva, onde atuou por 12 anos. Editou várias revistas, esteve à frente de vários sites, fez parte de mesas redondas na TV e foi assessor de Imprensa da S. E. Palmeiras e do SAFESP. Há 17 anos iniciou suas atividades como Apresentador, Mestre de Cerimônias e Celebrante, tendo mais de 450 eventos em seu currículo. Hoje, mantém os sites www.senhorpalmeiras.com.br e www.marciotrevisan.com.br. Contatos diretos com o colunista podem ser feitos pelo endereço eletrônico apresentador@marciotrevisan.com.br.
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